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A opinião da autônoma Vera Luz Gandolfi, 53 anos – leitora voraz e incentivadora da literatura junto aos netos –, que dá título a esta reportagem, também é compartilhada pelos livreiros e demais expositores que participaram da 29ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, cujo encerramento ocorreu nesta quarta-feira, dia 14 de setembro. A realização do evento na Praça Getúlio Vargas, por meio do Sesc, da Prefeitura Municipal e da Unisc, rendeu elogios tanto em razão do aumento de público e de vendas, quanto pelo potencial do local, reconhecido pelos santa-cruzenses e visitantes como espaço de socialização.

Vera esteve na praça no domingo, 11 de setembro, e retornou à Feira nesta quarta-feira, 14, pela manhã, para fazer mais aquisições literárias. A facilidade do deslocamento entre o trabalho e o evento é motivo de comemoração. “Adorei o retorno da Feira para a praça, porque no Parque da Oktoberfest não há tanta circulação de pessoas. Como eu trabalho no centro, dou uma escapadinha e venho sempre buscar um livrinho. O lugar da Feira do Livro é aqui”, frisa.

Proprietário da Livraria Nova Roma, de Porto Alegre, Rafael Rosa dos Santos faz uma comparação positiva entre a Feira no Parque da Oktoberfest, em 2015, e na Praça Getúlio Vargas, este ano. “Percebemos que este ano, na praça, houve aumento de 30 a 40% nas vendas”, estima.

No espaço de lanches, pertencente à empresa Companhia do Evento, o funcionário Guilherme Luz verificou diminuição no número de produtos comercializados. No local foram vendidos crepes, churros, algodão doce, pipoca e bebidas. A empresa participa da Feira há cerca de 10 anos e a queda das vendas tem como um dos fatores a presença de vários estabelecimentos alimentícios no entorno da praça, o que aumenta as opções de compra por parte do público. Apesar disso, Luz considera o local um espaço melhor para a realização do evento, pois facilita a circulação do público por ser mais amplo.

“Uma pessoa que passa no centro da cidade, ao ver que tem um evento acontecendo, vai chegar. Antes, no Parque da Oktoberfest, as pessoas precisavam se deslocar para ir exclusivamente à Feira, pois não havia visibilidade. A divulgação é bem maior quando é na praça”, opina Luz. Para ele, trata-se de um espaço de socialização. “Tem pais que vêm com os filhos no parquinho e veem um livro, alguma coisa do tipo, e acabam prestigiando o evento”.

Evento contribui para a formação de novos leitores

O bibliotecário Jair Teves, responsável pela Biblioteca Pública Municipal Professora Elisa Gil Borowski, de Santa Cruz do Sul, participa de atividades junto à Feira do Livro desde 2001. Para ele, a praça atrai um público leitor e também contribui para a formação de novos leitores. “Isso traz uma aproximação para o livro, para a literatura, que a gente sabe que faz toda a diferença social. Quando a população lê mais, é mais instruída. A gente vê os próprios empresários falando da importância que tem uma mão-de-obra que saiba interpretar textos”, analisa.

Segundo Teves, a leitura também auxilia no raciocínio lógico e na convivência em sociedade. Por isso, ele considera a realização da Feira na praça um feito cultural importante e positivo, já que atinge um público diversificado, desde crianças até idosos. “Às vezes o pessoal circula pela praça só pelo lazer, mas acaba se aproximando da literatura”.

Números da 29ª Feira do Livro

– Público total: 27, 3 mil pessoas;

– Títulos comercializados: 13.150 obras.

 

*Na foto: Vera Luz Gandolfi

 

*Publicado por Felipe Nopes

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A opinião da autônoma Vera Luz Gandolfi, 53 anos – leitora voraz e incentivadora da literatura junto aos netos –, que dá título a esta reportagem, também é compartilhada pelos livreiros e demais expositores que participaram da 29ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, cujo encerramento ocorreu nesta quarta-feira, dia 14 de setembro. A realização do evento na Praça Getúlio Vargas, por meio do Sesc, da Prefeitura Municipal e da Unisc, rendeu elogios tanto em razão do aumento de público e de vendas, quanto pelo potencial do local, reconhecido pelos santa-cruzenses e visitantes como espaço de socialização.

Vera esteve na praça no domingo, 11 de setembro, e retornou à Feira nesta quarta-feira, 14, pela manhã, para fazer mais aquisições literárias. A facilidade do deslocamento entre o trabalho e o evento é motivo de comemoração. “Adorei o retorno da Feira para a praça, porque no Parque da Oktoberfest não há tanta circulação de pessoas. Como eu trabalho no centro, dou uma escapadinha e venho sempre buscar um livrinho. O lugar da Feira do Livro é aqui”, frisa.

Proprietário da Livraria Nova Roma, de Porto Alegre, Rafael Rosa dos Santos faz uma comparação positiva entre a Feira no Parque da Oktoberfest, em 2015, e na Praça Getúlio Vargas, este ano. “Percebemos que este ano, na praça, houve aumento de 30 a 40% nas vendas”, estima.

No espaço de lanches, pertencente à empresa Companhia do Evento, o funcionário Guilherme Luz verificou diminuição no número de produtos comercializados. No local foram vendidos crepes, churros, algodão doce, pipoca e bebidas. A empresa participa da Feira há cerca de 10 anos e a queda das vendas tem como um dos fatores a presença de vários estabelecimentos alimentícios no entorno da praça, o que aumenta as opções de compra por parte do público. Apesar disso, Luz considera o local um espaço melhor para a realização do evento, pois facilita a circulação do público por ser mais amplo.

“Uma pessoa que passa no centro da cidade, ao ver que tem um evento acontecendo, vai chegar. Antes, no Parque da Oktoberfest, as pessoas precisavam se deslocar para ir exclusivamente à Feira, pois não havia visibilidade. A divulgação é bem maior quando é na praça”, opina Luz. Para ele, trata-se de um espaço de socialização. “Tem pais que vêm com os filhos no parquinho e veem um livro, alguma coisa do tipo, e acabam prestigiando o evento”.

Evento contribui para a formação de novos leitores

O bibliotecário Jair Teves, responsável pela Biblioteca Pública Municipal Professora Elisa Gil Borowski, de Santa Cruz do Sul, participa de atividades junto à Feira do Livro desde 2001. Para ele, a praça atrai um público leitor e também contribui para a formação de novos leitores. “Isso traz uma aproximação para o livro, para a literatura, que a gente sabe que faz toda a diferença social. Quando a população lê mais, é mais instruída. A gente vê os próprios empresários falando da importância que tem uma mão-de-obra que saiba interpretar textos”, analisa.

Segundo Teves, a leitura também auxilia no raciocínio lógico e na convivência em sociedade. Por isso, ele considera a realização da Feira na praça um feito cultural importante e positivo, já que atinge um público diversificado, desde crianças até idosos. “Às vezes o pessoal circula pela praça só pelo lazer, mas acaba se aproximando da literatura”.

Números da 29ª Feira do Livro

– Público total: 27, 3 mil pessoas;

– Títulos comercializados: 13.150 obras.

 

*Na foto: Vera Luz Gandolfi

 

*Publicado por Felipe Nopes

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