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O evento, realizado em Chicago, nos Estados Unidos, teve como objetivo o alinhamento de detalhes para o início do estudo denominado PARAISO (BN44715)

O cenário da pesquisa médica gaúcha ganhou projeção internacional com a participação do pesquisador e professor do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Fernando Augusto Marion Spengler, também integrante do Núcleo de Pesquisa do Rio Grande do Sul (NPCRS), em um encontro de centros de pesquisa globais. O evento, realizado em Chicago, nos Estados Unidos, teve como objetivo o alinhamento de detalhes para o início do estudo denominado PARAISO (BN44715), que busca avaliar o potencial do medicamento Prasinezumabe no tratamento da Doença de Parkinson em seus estágios iniciais.

 Sua participação é resultado de uma sólida trajetória de pesquisa, iniciada em 2022 no NPCRS com estudos clínicos sobre Esclerose Múltipla e aprofundada com a especialização na Doença de Parkinson. Foi então que, nos últimos, meses surgiu a possibilidade de participação no estudo PARAISO (BN44715), que busca avaliar a eficácia do Prasinezumabe nos estágios iniciais da Doença de Parkinson (DP). Devido à sua especialização na área, Fernando foi o investigador responsável por representar o NPCRS no encontro em Chicago, que contou com representantes de centros de pesquisa mundiais dando início nos alinhamentos e detalhes iniciais do estudo. A previsão de início do estudo internacional ocorrerá  oficialmente em 2026. 

A Doença de Parkinson é causada pela morte de neurônios produtores de dopamina. A maioria dos sintomas decorre dessa deficiência de dopamina, porém a morte neuronal está relacionada ao acúmulo de proteínas tóxicas (alfa-sinucleína) dentro dos neurônios. Atualmente, todos os tratamentos disponíveis, sejam medicamentos ou cirurgia, têm como objetivo repor a dopamina que está faltando. Eles atuam apenas nos sintomas e não modificam o processo de degeneração neuronal, de forma que a doença continua progredindo. 

“O prasinezumabe representa uma abordagem inédita, pois tem como alvo justamente o acúmulo dessas proteínas tóxicas. Assim, pode ser a primeira medicação capaz de retardar a progressão da doença. Se os resultados preliminares forem confirmados, ele não terá efeito direto sobre os sintomas, mas ao retardar a progressão pode melhorar a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes em anos”, comenta o pesquisador.  

Fernando comenta que o estudo será  o primeiro desse tipo na área, e também a oportunidade de representar o NPCRS em um encontro internacional e, principalmente, à possibilidade de oferecer esse tratamento para pacientes da nossa região que tenham interesse em participar.

Fernando Divulgação

Fernando Augusto Marion Spengler

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