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No Dia do Surdo, conheça um pouco das pessoas com surdez e o trabalho feito na universidade
pelo Núcleo de Apoio Acadêmico

Neste dia 26 de setembro é comemorado o Dia Nacional dos Surdos, uma data de reflexão sobre os direitos e da inclusão das pessoas surdas na sociedade. O Setembro Azul também é o Mês de Visibilidade da Comunidade Surda. Algumas conquistas já foram alcançadas, como o reconhecimento de libras como meio legal de comunicação e expressão, a obrigatoriedade do ensino de libras na formação de professores, direito e reconhecimento do profissional tradutor / intérprete de língua de sinais, entre outros. 

Para os surdos, vai muito além da comemoração. Quando se fala na data, todos são unânimes em dizer que não é apenas comemorar, mas sim refletir sobre as conquistas e sobre os direitos que ainda precisam ser conquistados. “É muito mais profundo, precisa ter uma reflexão. Ainda falta muita coisa que precisa ser acessível. Cadê a igualdade? Não há motivos para ficarmos à deriva”, diz a atleta de judô e futsal, acadêmica do curso de Educação Física da Unisc e também funcionária da farmácia do Hospital Santa Cruz (HSC), Letícia Bauermann.

Funcionária da Biblioteca da Unisc há 11 anos, Cláudia Barroso acredita que uma das necessidades é que os ouvintes precisam ter o básico em conhecimento de língua e de identidade. “Essa barreira na comunicação precisa ser melhorada, em todos os espaços. É tu ir em uma loja, numa clínica, é importante que as pessoas saibam que o surdo vai se sentir confortável com uma pessoa que reconheça a sua língua.” 

Já o estudante de Educação Física da Unisc e professor de danças em escolas de Santa Cruz do Sul, Guilherme Gonçalves, a data é importante para mostrar os direitos que o surdo tem de se manter na sociedade. “Ainda, todas as informações que precisamos para acesso à escola, trabalho e para termos um atendimento melhor”, fala ele que aos 10 anos começou a ouvir chiados, mas só foi descobrir problemas na audição aos 18 anos, quando conseguiu o primeiro emprego e precisou fazer uma audiometria.

A professora de libras da Unisc, Cristiane Muller, que trabalha diretamente com ouvintes, tenta mostrar a importância do contato com o surdo. “Tento mostrar para que as pessoas visualizem o surdo, quais os objetivos, lutas, trabalhos, a necessidade de estar em diferentes espaços, porque são pessoas normais como qualquer ouvinte. Libras é comunicação. ”

A educadora especial e tradutora/intérprete de libras do NAAC, Keila de Oliveira, também embasa que libras não é só um caminho para o surdo, mas pode ser uma comunicação alternativa. “É uma língua, que salva vidas, literalmente. Não adianta ter toda uma acessibilidade, se não mudarmos o principal, que é a atitude, empatia, respeito e igualdade”, complementa.

Apoio institucional: Núcleo de Apoio Acadêmico

Pensando em atender a todos os estudantes com ou sem necessidades específicas, que tenham interesse em ter uma formação superior, a Unisc tem o Núcleo de Apoio Acadêmico (NAAC), um espaço de acolhimento, orientação e atendimento de demandas acadêmicas provenientes de aspectos didático-pedagógicos, biopsicossociais, de acessibilidade e outras vulnerabilidades que interferem no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes na universidade.

O núcleo, por meio de uma equipe multiprofissional, formada de psicólogos, educadora especial, neuropsicopedagoga, intérprete de libras, profissional de educação física, bolsista e auxiliar administrativo, busca de forma colaborativa, atender e acompanhar os estudantes de diversos cursos da instituição.  

“O NAAC é responsável pela proposição, organização e implementação de ações permanentes ou temporárias para assegurar a inclusão educacional e promover os recursos de acessibilidade, desde os processos seletivos, a fim de garantir o acesso, permanência, a participação e aprendizagem dos estudantes em sua trajetória acadêmica”, explica a coordenadora do NAAC, Raquel Ribas Fialho.

O núcleo prima por promover todos os tipos de acessibilidade, mas de modo geral, com os surdos a acessibilidade comunicacional, metodológica, atitudinal, programática são as mais contempladas. Elas se dão por diferentes ações, seja com a oferta de monitorias, visando a melhor construção do português escrito e articulação de sinais combinados, disponibilidade de tradutor/intérprete e libras conforme demanda, oferta de oficina de libras e promoção de saúde física e mental com o “moviMENTE-se”.

 

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