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Professoras do curso de Psicologia da Unisc dão dicas sobre como manter a calma nesse
período de tensão com o COVID-19

 

Quarentena, isolamento social e notícias por todo o lado: em tempos de COVID-19 (Coronavírus) cuidar da saúde mental pode ser uma tarefa complexa, e a pandemia já está gerando estresse na população, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O momento de incerteza, agrava e contribui para que doenças como a depressão e a ansiedade surjam ou se fortaleçam, sendo necessário encontrar formas de manter a calma.

“Estamos recebendo uma quantidade enorme de informações a respeito do Coronavírus. Tudo o que se fala e se vê está relacionado à pandemia. Neste cenário, é difícil não se sentir vulnerável e ansioso, pois o excesso de informação causa medo e ansiedade”, explica Marina Pante, professora do curso de Psicologia da Unisc.

Segundo Marina, a ansiedade se manifesta de forma diferente em cada pessoa, podendo surgir através da dificuldade de concentração, da agitação, de pensamentos constantes sobre a pandemia, de crises de choro, irritação constante, nervosismo ou com outros sintomas que não são facilmente identificados. As sensações de desamparo, incerteza e medo, também, contribuem para o agravo do quadro.

Para a psicóloga Ângela A. Rothmund, professora do curso de Psicologia da Unisc, o período é um desafio coletivo, onde cada um precisa praticar a introspecção e a calma: “ficar em casa pode ser muito conflitante e existe um número considerável de pessoas em nosso país que sequer possuem moradia. Estamos vivendo um momento nunca visto nessa magnitude, existirá um mundo antes e um depois da situação” acrescenta.

Ângela recomenda a quem sentir desespero ou agressividade devido às perturbações na rotina ou ao medo, que mantenha o foco em voltar a si, deixando de lado as notícias e respirando fundo. Em casos de dificuldade para se acalmar é essencial pedir ajuda, especialmente se houver descontrole na respiração, taquicardia ou aceleramento do pensamento– sintomas comuns da ansiedade. “Converse com familiares e amigos de modo virtual, procure terapia online. Lembre que estamos todos juntos, vivendo esses enfrentamentos lado a lado”, reforça.

Mesmo em situações conturbadas, cuidar de si deve ser uma tarefa diária. Para auxiliar a reduzir a sensação de ansiedade, estresse ou angústia, buscando evitar o comprometimento da saúde física e mental, as psicólogas recomendam algumas ações, pensamentos e atividades que podem ser adotadas.

 

O que fazer?

- Utilize essa pausa para cuidar de si, fazendo pequenas ações que causem bem-estar: preparar um chá, passar creme no corpo ou no rosto, tomar um banho, cozinhar algo novo, por exemplo;

- Se os sintomas de ansiedade começarem, procure se envolver em alguma atividade que lhe dê prazer, como ler um livro, assistir a uma série, dançar, ouvir música ou tocar algum instrumento;

- Ainda que o momento não seja de férias, invista no ócio criativo, busque organizar uma rotina, faça aquele curso online que tanto queria e que não fazia por falta de tempo ou aprenda algo que gosta;

- Pratique alguma atividade física em casa, cuide da sua saúde física e mental, existem vídeos no Youtube e aplicativos disponíveis para ensinar diferentes práticas;

- Se você se sentir extremamente carregado, ansioso, depressivo, ou ainda, se estiver pensamentos sobre suicídio, procure se conectar com um familiar, amigo ou psicoterapeuta - a modalidade online é possível no caso de um profissional da saúde. Também existe a opção de ligar para o CVV – Centro de Valorização da Vida, a ligação é gratuita e anônima através do número 188;

- Pratique a resiliência e a empatia. É fundamental que nos apoiemos ainda que de forma virtual. Seja solidário com grupos de risco, se oferecendo para ir ao mercado, com os devidos cuidados.  Ligue para as pessoas que você ama para conversar;

- Tente evitar conflitos com seus familiares, volte a palavrinha acalmar-se, não pule essa parte.  Respire fundo. Busque menos controle e mais calma. 

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