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O estudante do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental (PPGTA) da Unisc desenvolveu um projeto que busca o tratamento de efluentes domésticos de forma mais acessível e positiva ao meio-ambiente.

 

Reitora Carmen e pesquisador Gleison

 

No mês de maio, o estudante Gleison de Souza Celente, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental (PPGTA) da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), foi um dos cinco contemplados com o Prêmio Rede Sapiens 2021, na área Conexão com o mercado.

O trabalho de dissertação apresentado Uso combinado de microalgas e Wetlands construídos com fluxo vertical como tratamento terciário descentralizado de efluente sanitário, foi orientado pelo professor Eduardo Lobo Alcayaga e coorientado pelo professor Ênio Leandro Machado, além do professor Adilson Ben da Costa.

A pesquisa teve como objetivo o tratamento de efluente doméstico, através de sistemas biológicos com baixo custo e impacto ambiental, garantindo a aplicação em comunidades pequenas que não são beneficiadas por um sistema tradicional de coleta e tratamento de esgoto. A intenção é reduzir problemas sanitários associados à falta correta de destinação do esgoto doméstico.

Segundo Gleison Celente, a coleta e o tratamento de esgoto ainda não englobam uma grande parcela da população. “Menos de 50% da população nacional tem coleta e tratamento. Ou seja, a maior parte do esgoto gerado acaba indo direto para os recursos hídricos, disseminando doenças e encarecendo o tratamento da água para abastecimento humano. Um dos principais problemas está no custo da coleta e transporte do efluente para estações de tratamento. E é aí que nossa pesquisa entra como uma solução”, conta.

Para o professor Eduardo Lobo “não somente a premiação demonstra a capacidade da Unisc em desenvolver pesquisas com forte impacto científico, mas também mostra que a instituição conduz estudos de interesse do grande público. No PPGTA da Unisc, estamos comprometidos com o desenvolvimento regional, no sentido de contribuir significativamente para o avanço do conhecimento científico e tecnológico da região e do país na busca da melhoria da qualidade de vida da população e da proteção do meio ambiente”.

Para reconhecer a importância do prêmio, que destacou pesquisas do estado do Rio Grande do Sul (RS), na busca do avanço da ciência, no dia 02 de junho, representantes da Reitoria da Unisc receberam os vencedores do programa Rede Sapiens. A reitora Carmen Lúcia de Lima Helfer, agradeceu ao pesquisador contemplado e aos orientadores, que são professores da Universidade.

 “É muito significativo esse prêmio, que valoriza o conhecimento, no mês de aniversário da Unisc. Nossa recepção é para agradecer e valorizar iniciativas como esta, que contribuem para o desenvolvimento da pesquisa. É muito importante que a gente destaque essa conquista, pois produzir conhecimento e contribuir para a inovação do Estado é essencial para construir um futuro melhor para todos”, destacou a reitora Carmen Lúcia de Lima Helfer, no momento.

 

Representantes da reitoria

 

O Programa

A Rede Sapiens teve como objetivo valorizar a produção científica do estado, demonstrando o poder do conhecimento. A iniciativa do Pacto Alegre, liderada pela uMov.me Arena, conta com curadoria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERFS) e da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (REGINP), além do apoio da Secretaria de inovação, Ciência e Tecnologia do RS, de universidades, de entidades e de empresas.

Para promover a tríade universidade-sociedade-mercado, as oito grandes áreas de conhecimento foram aceitas no concurso online: agrárias; biológicas; engenharias; exatas e da terra; humanas; linguística, letras e artes; saúde; e sociais aplicadas.

Mestres e Doutores que já haviam defendido sua dissertação ou tese deveriam apresentar o projeto para concorrer. A premiação aconteceu no dia 26 de maio, através de transmissão ao vivo no YouTube – que pode ser conferida em https://youtu.be/EHPzncdBRrU –.

Os prêmios foram entregues com base no número de visualizações dos vídeos enviados, ou seja, quanto mais visualizações, maior seria a pontuação. Seguindo esta lógica avaliativa, a Unisc ficou em 5º lugar.

 

O projeto premiado

O projeto da Unisc que ficou entre os primeiros colocados, do pesquisador Gleison Celente, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental da Unisc (PPGTA), orientado pelos professores Eduardo Alexis Lobo Alcayaga e Ênio Leandro Machado e coorientado pelos professores Adilson Ben da Costa e Leonardo Rörig.

Sobre o funcionamento do projeto, Gleison aponta que ele utiliza a própria natureza ao seu favor. “Criamos um sistema que simula um “pântano”, que pode ser considerado um sumidouro para contaminantes na água. Nele o efluente entra e é processado pelos organismos vivos que estão presentes (plantas e microrganismos). Essa biota fica responsável pelo tratamento do efluente. O próprio solo do alagado construído também participa no tratamento. No final do processo, temos uma água com qualidade apropriada para o descarte em recursos hídricos sem comprometer os mesmos. Essa tecnologia, além de ser eficiente, pode e deve ser utilizada em regiões onde não há coleta de esgoto, já que é um sistema simples e barato de ser implementado”, explica.

O trabalho pode ser conferido em https://www.umov.me/redesapiens/uso-combinado-de-microalgas-e-wetlands-construidos-com-fluxo-vertical-como-tratamento-terciario-descentralizado-de-efluente-sanitario/ .

 

Premiação

Com 880 visualizações durante a competição, o projeto desenvolvido na Unisc conquistou o 5º lugar. Como prêmio, o pesquisador e seus orientadores ganharam o valor de R$ 1.000 reais e mais 2 vagas para o curso para Gestão de Resultados, da Merithu Consultoria. Este curso é composto por 6 módulos online e mais 2 workshops nos quais aprofunda o conhecimento de uma forma prática.

“Houve muita dedicação ao desenvolvimento do trabalho. Então, ter esse reconhecimento é recompensador. Tive muito suporte e agradeço ao incentivo de professores, colegas e secretários do PPGTA por isso. A ciência e a área ambiental estão sendo consideravelmente negligenciadas no nosso país. Poder colaborar com o tema e sua divulgação é uma honra. Espero e acredito que esse seja apenas mais um exemplo de muitos outros trabalhos que serão divulgados fora dos muros da universidade” conclui Gleison.

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