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Ana Luiza Martins diz que o prêmio representa uma valorização da relevância do tema central da pesquisa, impulsionando a continuidade dos estudos nessa área

Egressa da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Ana Luiza Martins, foi agraciada com o segundo lugar (menção honrosa) no Prêmio Antonio Candido de Teses e Dissertações da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística (ANPOLL). A pesquisa, “Elementos da estética queer na canção brasileira contemporânea”, elaborada durante o doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Unisc, teve orientação do professor Rafael Eisinger Guimarães.

Ana Luiza destaca que o estudo pode contribuir significativamente para debates sociais e culturais. “A contribuição, nesse aspecto, é significativa, sobretudo, no que diz respeito à representatividade de identidades não hegemônicas, expressas nas performances das cancionistas Liniker, Majur e Linn da Quebrada que compõem a pesquisa, e na potência dos discursos que delas emanam. Certamente instigam discussões que extrapolam o meio acadêmico e adentram os âmbitos político e cultural na contemporaneidade.”

Segundo Ana, o prêmio representa uma valorização da relevância do tema central da pesquisa, impulsionando a produção acadêmica e a continuidade dos estudos nessa área. “A escolha desse tema se deu a partir da intenção de associar os estudos da canção brasileira, que eu já desenvolvia desde a graduação, às teorias de gênero. Com o surgimento vultoso, na última década, de cancionistas que compartilham características que, de antemão, identifiquei como expressividades queer, entendi que seria pertinente lançar um olhar investigativo, no sentido de compreender pelo viés teórico, os discursos que essas performances evidenciam.”

Nos estudos, Ana identificou elementos estéticos recorrentes na obra de artistas identificados como queer, termo que abarca tanto uma perspectiva teórica quanto uma identidade sociopolítica. Para ela, a pesquisa representa um avanço em relação a um cenário acadêmico que ainda resiste a reconhecer a importância da manifestação artística juntamente com a identidade queer. Assim, a menção honrosa simboliza não apenas reconhecimento, mas também conquista ao redefinir espaços e fronteiras de conhecimento. “Coloca o tema numa condição do existir, um tanto além do resistir”, finaliza Ana.

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Ana Luiza Martins

Texto: Estagiária Eduarda Beulke Gomes
sob supervisão das jornalistas Tatiane Luci Rodrigues e Bruna Lovato

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