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Em 2020 cuidar do psicológico e conscientizar sobre o suicídio se tornou ainda mais importante. Conheça serviços que podem auxiliar quem se encontra em sofrimento psíquico.

Anualmente a campanha Setembro Amarelo busca conscientizar sobre a prevenção do suicídio. Criar diálogos, formar redes de apoio e alertar a população sobre esta problemática são alguns dos objetivos traçados na campanha. Em 2020, a pandemia, além de agravar quadros de depressão e de ansiedade, interrompeu atividades que acolhiam pessoas em situação de sofrimento psíquico. Neste cenário, onde o contato físico ficou restrito, nasceram diversos projetos como o Tummi que proporciona atendimento e apoio psicológico à população de forma remota.

A professora de psicologia da Unisc, Silvia Areosa, explica que o suicídio é um problema de saúde pública e que “a população deve ficar atenta quando alguém próximo demonstra sinais de que caminha para escolher a morte ao invés da vida. A situação da pandemia prejudica a saúde mental e, portanto, nosso cuidado com amigos e familiares deve ser ainda maior. Quando uma pessoa perde o interesse pelas coisas que lhe importavam, não consegue fazer suas atividades usuais e está muito irritada ou com humor depressivo constante, é necessário buscar ajuda”.

Silvia também explica que as pessoas que se sentem depressivas não devem se isolar: “mesmo que a alternativa possível sejam os contatos virtuais ou por meio do telefone, é importante não se afastar das pessoas queridas. E, claro, buscar o acompanhamento de um profissional da psiquiatria ou da psicologia é essencial para reestabelecer a saúde mental. Ainda existem muitos tabus e mitos sobre depressão e suicídio, mas este é um problema que atinge todos nós enquanto sociedade e merece muita atenção, não é vergonha pedir ajuda”, aponta.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018 já existiam 12 milhões de brasileiros convivendo com a depressão. Devido aos altos números de pessoas em sofrimento psíquico existe uma rede de apoio para quem se sente depressivo ou apresenta pensamentos suicidas: por exemplo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) atende via telefone, de forma gratuita, 24h por dia, através do número 188; e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de cada Município atente presencialmente, integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O assistente social Carlos Stavizki, que realiza sua pesquisa de mestrado na Unisc sobre as formas de prevenção ao suicídio na região do Vale do Rio Pardo, reforça que: “passamos por sofrimentos psíquicos em muitos momentos da vida e isso não é motivo para negligenciarmos sintomas de depressão, ansiedade ou pânico. Quem estiver passando por uma crise, tiver pensamentos de morte ou ideação suicida, pode procurar a unidade de saúde mais próxima, quantas vezes for necessário. Quando o pensamento é persistente ou ocorre tentativa de suicídio os serviços de emergência devem ser acionados”.

Carlos ainda ressalta que a população deve buscar ajuda nos primeiros sinais de ideação suicida e ficar atenta a comportamentos depressivos ou de risco, como o abuso de drogas ou de álcool. “Em Santa Cruz do Sul existe uma Rede que pensa em formas de prevenção ao suicídio, que se articula através do Comitê Municipal de Prevenção ao Suicídio. Mas o que deve ficar claro no Setembro Amarelo é que o suicídio é um problema da sociedade que deve ser compreendido e não escondido. Através da conscientização é possível educar as pessoas sobre formas de ajudar ou de procurar ajuda diante de situações de risco”, conclui.

Como participar dos atendimentos da Tummi?

 

A Unisc é parceira da plataforma Tummi, que disponibiliza atendimentos médicos e psicológicos gratuitos no ambiente virtual. Para receber o atendimento, basta acessar https://covid.tummi.org/ e marcar que precisa de ajuda. Depois, é necessário preencher uma ficha cadastral e apontar que necessita de consulta psicológica. Após responder algumas perguntas sobre sintomas e concluir o cadastro, os profissionais de psicologia ou psiquiatria entrarão em contato.

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