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Representatividade feminina em cargos de gerência contribui para o fim da desigualdade de gênero

 

 

Universidade é substantivo feminino e, também, é protagonista na construção de uma sociedade mais igualitária. Seja por meio da educação, da pesquisa, dos empregos ou das oportunidades geradas, o ambiente acadêmico auxilia na conquista de visibilidade e de direitos para as mulheres. Mas, alcançar o fim da segregação de gênero, significa batalhar pelo ingresso e permanência da mulher em lugares que, até pouco tempo atrás, lhe eram negados. É essa representatividade que vai solidificar a figura da mulher como capaz de ser e fazer aquilo o que deseja.  

Na luta por transformações sociais, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) demonstra que a equidade de gênero deve ser uma busca diária, indo além da questão de empregabilidade: é necessário abrir portas na pesquisa, na gerência de projetos, no reconhecimento dos esforços e, claro, na liderança. Em 2020, 55,91% das funções de chefia da instituição são ocupadas por mulheres que, por meio de suas competências diversas, transmitem a mensagem de que este é sim um espaço para elas. As muitas presenças femininas, que se destacam na instituição, constroem mudanças que vão além das dependências do campus.

 

 “Fui eleita Reitora da universidade pela primeira vez em 2014 e hoje sou, também, presidente da Apesc - a mantenedora da Unisc, do Hospital Santa Cruz, da Escola Educar-se e do Centro de Educação Profissional. O que me coloca no lugar de gestora é minha trajetória de estudo e o meu trabalho ao longo de 34 anos na instituição. Acredito que mulheres líderes têm uma história semelhante de esforço e dedicação. Aqui, todos ocupam cargos devido às suas competências profissionais, independente do gênero”, conta Carmen Lúcia de Lima Helfer.

Para Fabiana Metzdorf da Silva, coordenadora do setor de Recursos Humanos da Unisc, respeitar as diferenças é a fórmula ideal:  “ninguém é mais ou menos capaz por ser homem ou mulher. Somos pessoas que buscam um lugar ao sol no mercado de trabalho. Temos diferenças e ainda bem, porque é isso que colore as instituições. Queremos igualdade em cargos e salários, mas não temos que ter a mesma forma de lidar com as situações cotidianas. Não podemos pensar que temos que deixar de ser sensíveis, de mostrar emoções ou de acolher, pois, é o que muitas vezes nos diferencia. ” afirma.

Foram as lutas passadas que trouxeram os direitos atuais e são as ações de hoje que vão combater as desigualdades ainda existentes.  “Antes de nós, muitas transgrediram as regras do seu tempo e inspiraram mudanças. Essa luta por liberdade gerou conquistas, como a de conduzir nossas próprias vidas com mais cidadania e dignidade. Não chegamos a cargos de gestão por acaso, uma longa estrada foi percorrida. E falta muito para chegar ao ideal de espaços igualitários. Precisamos continuar trabalhando por melhores salários, mais educação, justiça, saúde e segurança - não somente para as mulheres, mas para todas as pessoas”, finaliza Carmen Lúcia de Lima Helfer.

Com mais de duas décadas de trabalho na Unisc, Jocelaine Maieron, coordenadora administrativa da Unisc Sobradinho, acredita que a liderança feminina vai ao encontro de uma sociedade mais humana e empática. “Nesses anos tive a oportunidade de crescer, de apresentar sugestões e ser valorizada pelos colegas. Agora que se aproxima o dia da mulher, fazendo uma reflexão sobre nossas conquistas, é gratificante perceber que a maioria das lideranças femininas que atuam na região, se formaram na Unisc. Temos aqui mulheres empoderadas, donas de si, que acolhem, que trabalham, que são qualificadas e que fazem tudo com a magia do feminino”, destaca. 

Caroline Muller, chefe do departamento de Ciências Jurídicas da Unisc, reforça que a imagem de mulheres líderes reflete em outras mulheres, criando uma rede de apoio e incentivo. Para ela, a representatividade, mais do que um símbolo, é uma necessidade. “Sabemos o quanto somos cobradas e estereotipadas na sociedade, por isso, assumimos maiores pressões e responsabilidades em cada atividade executada. Mas é preciso lembrar que a mulher tem a capacidade para estar onde ela quiser, sem precisar provar isso o tempo todo”, salienta.  

 

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