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A Unisc

Apresentação

Fundado em 1974, o Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas - CEPA, é entidade de caráter Científico, integrando o Núcleo de Arte e Cultura-NUAC, vinculado diretamente à reitoria da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC.

As pesquisas desenvolvidas ao longo de 50 anos, originaram um importante acervo, beneficiando significativamente a comunidade acadêmica a nível de graduação e pós-graduação. Acervo este que já proporcionou a produção de várias monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorado e pós-doutorado no país e exterior.

Para registrar e difundir a produção científica, o CEPA mantém a edição de um periódico - Revista do CEPA. Foi o primeiro periódico a ser editado pela instituição. A edição de nº 1 ocorreu no ano de 1974 e ao longo dos anos subsequentes inúmeros artigos inéditos foram publicados. Seus exemplares integram o acervo bibliográfico das principais bibliotecas do país e exterior.


Objetivos

  • Elaborar e desenvolver projetos de pesquisa acadêmica em arqueologia pré-histórica e histórica;
  • Elaborar e desenvolver projetos relacionados à arqueologia de licenciamento e gestão do patrimônio arqueológico;
  • Proporcionar atividades de iniciação científica ou estágios à acadêmicos da instituição ou conveniadas;
  • Planejar e desenvolver atividades que estimulem professores, estudantes e comunidade em geral a identificar, significar e valorizar o patrimônio cultural material e imaterial.

50 Anos de Ensino, Pesquisa e Extensão

 

O Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas - CEPA da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC está comemorando 50 anos. Fundado em 1974, foi o primeiro Centro de Pesquisa instituído pela Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul - APESC. Inicialmente estava ligado à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, sob a coordenação do professor Pedro Augusto Mentz Ribeiro ocupando uma sala no prédio do APESC na Rua Coronel Oscar Jost, centro de Santa Cruz do Sul. Surgiu com o propósito de dar apoio à capacitação docente, ministrar cursos para o aprofundamento dos acadêmicos do curso de Estudos Sociais nas disciplinas de Antropologia Cultural, História e História do Brasil, além de proporcionar curso de Introdução à Arqueologia. O centro também buscava a reconstituição das formas de vida do passado, especialmente da região do Vale do Rio Pardo. Foi gradativamente atingindo todo o Rio Grande do Sul e também já desenvolveu pesquisas em outros Estados.

 

Prédio da APESC na década de 70, atualmente pertencente a Prefeitura Municipal.

Fonte: https://www.unisc.br

A partir da década de 1980, alguns cursos passaram a ser ministrados no campus-sede da UNISC, para onde foram gradualmente transferidos. Posteriormente, o CEPA recebeu bloco próprio para sua função, construído com recursos repassados pela Prefeitura Municipal de Vera Cruz. Atualmente, ocupa amplo espaço no prédio do Memorial UNISC.

 

 Vista aérea atual do campus da UNISC na Av. Independência.

Fonte: https://www.unisc.br

 

Imagem do prédio do Memorial UNISC no qual se situa o CEPA.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

 

 Imagem parcial de laboratório do CEPA.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

 

Imagem parcial da reserva técnica do CEPA.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

 

O primeiro sítio arqueológico registrado no Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas foi o RS-RP:01 – Sítio Amanda Barth, localizado na entrada Rio Pardinho. O sítio foi intensamente visitado pelos estudantes dos cursos regulares e de extensão da UNISC, pois nele eram realizadas as atividades práticas das disciplinas. A primeira turma de 24 alunos do curso de Extensão Universitária, denominado Arqueologia da América, recebeu certificado em 6 dezembro de 1974, deixando-os aptos para auxiliar em atividades arqueológicas.

No período inicial, a equipe de pesquisa do CEPA era composta por acadêmicos voluntários dos cursos de Filosofia, Ciências e Letras, além de membros da comunidade que tinham realizado o curso e permaneciam na equipe como voluntários. Os integrantes eram pessoas aptas a trabalhar com o patrimônio arqueológico e haviam sido preparadas para as atividades de campo e laboratório.

Durante o curso, alguns alunos interessados em participar das pesquisas tornavam-se voluntários ou recebiam bolsa de estudo de incentivo à pesquisa e, ao terminar o curso, permaneciam como colaboradores. Nesta fase, a equipe se restringia a um grupo menor que fazia as expedições nas áreas de abrangência dos projetos que o Cepa estava desenvolvendo. Nestas expedições, as despesas alimentares eram mantidas pelo projeto e os alojamentos para pernoite eram oferecidos pelo proprietário do sítio estudado.

 

Imagem de atividades de campo na década de 70.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

 

Os dados extraídos são convertidos em publicações na Revista do Cepa – revista que também é o primeiro periódico da Instituição e permanece em circulação nesses 50 anos. No princípio, a Revista é o meio de divulgação exclusiva de pesquisas do Cepa. A partir do ano de 1995 a Revista foi enquadrada nas normas da Capes e passou a ser editada semestralmente, com a contribuição de arqueólogos de diversas instituições de ensino superior de todo país e exterior, tendo como objetivo divulgar os trabalhos desenvolvidos pelos mesmos. Atualmente não é mais editada de forma impressa, mas sim em meio digital.

 

Capa da Revista do CEPA Nº1 de 1974.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

 

De 1974 a 1994 foram registrados pelo CEPA 663 sítios arqueológicos no Rio Grande do Sul, em Santa Cataria e em Roraima, além de sítios do Uruguai, da Argentina, do México, do Peru e da Bolívia. Os primeiros 20 anos de pesquisas do Cepa sob a coordenação do professor Ribeiro se enquadram num período conhecido como Arqueologia Acadêmica, caracterizado por grandes incentivos e investimentos dos órgãos de fomento, bem como das próprias instituições onde se localizavam os centros de pesquisa arqueológica. 

Atualmente o Cepa possui em sua reserva técnica mais de 1000 sítios arqueológicos registrados, sendo o centro com a maior reserva técnica do Estado, a qual serve de fonte de consulta para acadêmicos de pós-graduação de diversas instituições do país e do exterior.

Após 20 anos de dedicação ao CEPA, Pedro Augusto Mentz Ribeiro passou a atuar na Fundação Universidade de Rio Grande-FURG, num período em que a arqueologia empresarial dava seus primeiros sinais. Apesar de a fase da arqueologia acadêmica, com objetivos científicos, estar passando por dificuldades pela falta de recursos e pelo interesse das instituições acadêmicas por outras formas de atuação, o Cepa cumpriu muito bem o seu compromisso de fazer ciência e de auxiliar no aprendizado dos alunos da Instituição e na iniciação de profissionais da arqueologia.

Em 1994, o CEPA é vinculado ao Departamento de História e Geografia e passa a ser coordenado pelo arqueólogo Sérgio Celio Klamt. Inicia-se um período conhecido como arqueologia de licenciamento, de contrato, empresarial ou preventiva, a qual é voltada para os licenciamentos ambientais de empreendimentos como usinas hidrelétricas, parques eólicos, rodovias, linhas de transmissão e loteamentos residenciais, entre outros.

 

Imagem do professor Sergio Celio Klamt em atividades de campo.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

Essa nova arqueologia exigiu uma adaptação no método de efetuar as atividades de campo e de laboratório e uma nova forma de apresentar os resultados. O período de vigência dos projetos passou a ser menor, exigindo uma logística apropriada no desenvolvimento dos projetos. Enquanto que na arqueologia acadêmica o arqueólogo pode até se dedicar uma vida inteira ao mesmo assunto, na arqueologia de licenciamento ambiental, às vezes em 30 dias os resultados já devem ser apresentados, ou seja, a pesquisa tem que acompanhar o ritmo das obras. “O maior entrave na arqueologia de licenciamento é a conciliação entre o sistema burocratizado e moroso das instituições com a necessidade de agilidade dos empreendedores”.

Na UNISC, a arqueologia de licenciamento iniciou com os projetos da Usina Hidrelétrica de Dona Francisca e Levantamento e mapeamento de sítios nos municípios de Ibarama e de Venâncio Aires.  Também teve significativa participação com pesquisas em vários parques eólicos como por exemplo os de Santana do Livramento bem como nas usinas do Complexo Energético Rio das Antas-CERAN. Prestou assessorias em projetos de restauro de prédios históricos, como na Igreja Matriz de Santo Amaro de General Câmara; no Colégio Militar de Rio Pardo; na Casa David Canabarro em Santana do Livramento; na Igreja Matriz de Viamão e do Museu Getúlio Vargas em São Borja.

A partir de 2023, o CEPA é integrado ao Núcleo de Arte e Cultura, vinculado diretamente à reitoria da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC.

 

Imagem de atividades de campo em parques eólicos.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

Atividades Oferecidas 

Atualmente o CEPA procura conciliar a arqueologia acadêmica e a arqueologia preventiva oferecendo os seguintes serviços:

  • Elaboração e execução de projetos de arqueologia acadêmica;
  • Elaboração e execução de projetos de arqueologia de licenciamento;
  • Elaboração e execução de projetos de Educação Patrimonial;
  • Avaliação de projetos para Endosso Institucional;
  • Assessoria em projetos de restauro em prédios históricos;
  • Assessoria na elaboração de históricos municipais;
  • Assessoria no levantamento de patrimônio histórico material e imaterial;
  • Oficina Cartilha Para Educação Patrimonial; 
  • Oficina de Arte Rupestre;
  • Oficina de Escavação Simulada;
  • Oficina de Réplicas Arqueológicas;
  • Oficina Seguindo as Pegadas;
  • Oficina Patrimônio Imaterial - Pratos típicos;
  • Visita guiada ao laboratório.

 

Atividades em Andamento

O CEPA mantém um projeto guarda-chuva denominado de “Organização e Extroversão do Patrimônio Arqueológico do CEPA-UNISC” dentro do qual são desenvolvidas diversas atividades com o objetivo de manter um processo compartilhado de ações e de estratégias que possibilitem a inter-relação entre a universidade e a comunidade na temática do patrimônio cultural.

Além de atividades pontuais como as oficinas e visitas guiadas, dois projetos são de execução contínua:

Seta com curva ligeira Projeto de identificação, apropriação e valorização do patrimônio cultural da comunidade de Linha Santa Cruz no item gastronomia dos primeiros imigrantes.

 Projeto de identificação, apropriação e valorização do patrimônio arqueológico de Cerro do Baú, V. Aires.

 

Imagem de oficina de Arte Rupestre do Cerro do Baú, Venâncio Aires, RS.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

 

Imagem da mostra de pratos da culinária dos primeiros imigrantes de Santa Cruz do Sul, RS.

Fonte: Arquivo de imagens do CEPA-UNISC.

Coordenação

Prof. Dr. Sergio Celio Klamt
E-mail: sergio@unisc.br

Fone: (51) 3717-7628 / 3717-7346

 

Bolsistas e Estagiários

Bolsistas ou estagiários podem se integrar à equipe de forma voluntária, através do apoio de diferentes órgãos de fomento ou pelo Programa Institucional de bolsas.

Algumas Imagens do Acervo

Amostra de Bolas de boleadeira da reserva tcnica do CEPA

Amostra de Pontas de flecha da reserva tcnica do CEPA

Cachimbos

Polidor

Urna Funerria

Vasilha cermica

Vestgio Histrico

Vestgios Histricos

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